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Crônica - O Tempo do Almoço

Em um típico almoço de domingo, daqueles que há tempos não desfrutamos juntos, meus pais e eu nos encontramos em um restaurante dentro de um agradável shopping. Ao chegarmos, avistei-os já à mesa, minha mãe já garfando a comida. Não creio que tenha me atrasado, talvez uns seis ou oito minutos, mas a diferença estava lá, evidente, e ela não esperou pela nossa chegada.

Entre sushis e guiozas, conversas triviais, nenhum diálogo profundo se estabelecia. Conta paga, nos dirigimos ao café. Ali, retomamos o tópico da recente viagem a Pirenópolis com familiares de São Paulo. Contudo, uma inquietude flutuava no ar, uma ansiedade pairando entre nós, na verdade sobre minha mãe. Sua mente parecia já estar na próxima loja, na próxima atividade, nunca no presente.

Visitamos uma loja de departamento, o que apenas ressaltou essa pressa constante. Cada uma escolheu seus itens rapidamente, como se o tempo fosse um recurso a ser economizado a todo custo. E então, nos despedimos, minha mãe apressada para voltar para casa, já planejando seus próximos passos.

Foi então que me vi capturada por um questionamento: por que tanta pressa? Por que essa ansiedade? E, mais ainda, como lidar com isso? Será que é minha responsabilidade lidar com essa situação? E, mergulhando mais fundo, como não permitir que esse sentimento negativo me afete?

Em um gesto de autocuidado, decidi dedicar um tempo a mim mesma e à minha filha. Passeamos vagarosamente pelo shopping, adentramos nossas lojas preferidas e, ao chegarmos à livraria, dediquei todo o meu tempo para que minha filha explorasse a seção de livros infantis. Sentamos juntas em uma das mesinhas, mergulhamos nas páginas coloridas, e foi como se um abraço reconfortante envolvesse minha alma, acalmando-a diante da agitação vivida.

Naquele momento, compreendi que, às vezes, é preciso desacelerar, reconectar-se com o presente e priorizar o que realmente importa. Enquanto minha mãe seguia apressadamente de um lugar para outro, eu escolhi abraçar o momento, desfrutar da companhia da minha filha e nutrir minha alma com as pequenas alegrias do presente. Afinal, o tempo é um bem precioso que merece ser valorizado, especialmente nos almoços de domingo.

Escritora Wania Miyada

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